António Muchanga critica Chapo por excluir Venâncio Mondlane do diálogo pós-eleitoral e exalta liderança da oposição
O deputado da RENAMO, António Muchanga, lançou duras críticas ao Presidente da República, Daniel Chapo, por este ter excluído Venâncio Mondlane das negociações destinadas a resolver a crise política pós-eleitoral em Moçambique. A declaração foi feita em março de 2025, num vídeo amplamente divulgado nas redes sociais e reproduzido por canais como a EMS TV.
Muchanga classificou a exclusão de Mondlane como um erro estratégico e político, afirmando que a ausência do líder do partido ANAMOLA compromete a legitimidade do processo de diálogo nacional. Em suas palavras, Venâncio Mondlane é o “maestro do povo moçambicano”, uma figura central na atual configuração da oposição e na mobilização popular após as eleições de 2024.
A crítica de Muchanga surge num momento em que o Presidente Chapo, recém-empossado, tenta consolidar sua liderança e promover estabilidade institucional. No entanto, a decisão de não incluir Mondlane nas conversações foi interpretada por setores da oposição como um sinal de fechamento político e de tentativa de marginalização de vozes dissidentes.
A fala de Muchanga também foi lida como um gesto de aproximação entre RENAMO e ANAMOLA, num contexto em que ambas as formações têm denunciado irregularidades no processo eleitoral e exigido reformas profundas no sistema político moçambicano.
O governo ainda não respondeu oficialmente às declarações do deputado, mas fontes próximas ao executivo indicam que o Presidente Chapo pretende manter o foco em interlocutores institucionais reconhecidos, o que explicaria a ausência de Mondlane nas mesas de diálogo.

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